Contos do Feudo #02

Domingo, dia do bolo com falso cheiro de pizza.

Domingo 12 de junho, Praça da Matriz, lado esquerdo triplamente desrespeitado. Ouve-se em auto e bom som:

“Andaram fazendo até confusão...”

“...a Igreja não é patrimônio histórico cultural.”

“... e a obra recomeça após a festa.”

Segunda-feira 6 de junho havia sido instaurado um Inquérito Civil Público. Para acompanhar a reforma da Igreja.

Observe que quase uma semana depois da instauração da ação civil pelo Ministério Público ele se acha superior as leis.

Em que planeta o Senhor feudal vive para não saber da ação civil que acompanha a obra?

- "Amigo", seus tentáculos não atingem o judiciário.

Como que ele anuncia que a obra será retomada após a festa? Esta não seria uma atribuição restrita ao pároco? Mais então; Barros = Pároco?

Opa! Não se esqueçam que o Brasil é um Estado laico de direito. E essa mistura de Política com religião pode ser a prova cabal da política medieval de Paraibuna.

Nada contra os católicos, assim como, para com a Santa Sé. Minha família toda é católica apostólica romana. Mas a estratégia de proximidade a religião para autopromoção é evidente e não pode ser aceita. É um atentado contra os próprios princípios Cristãos, além de imoral, antiético e ilegal.

"Constituição Federal/88 - Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público."

Mas nada segura a sede de controle do Senhor Feudal.

Ai meu Deus? O que será de Paraibuna?...

Mas era só domingo e havia a sentença contrária a chapa dos vereadores (Sebastião Faria Barbosa, Klinger Agostinho Vitório e Fernando Carneiro) que desde o começo do ano conduzem os trabalhos da Casa de Leis...

Terça-Feira 14 de junho, Câmara Municipal de Paraibuna.

A Vereadora Heloisa dá encaminhamento à sessão por determinação judicial a fim de proceder com a eleição da chapa do Vereador Daniel Bananinha, Roberto Macedo e Ronaldo Fonseca.

Chapa, que em primeiro momento foi impedida de se candidatar por ser ilegal uma vez que não mantinha proporcionalidade partidária. Pelo menos esta era à base da argumentação da Chapa dos vereadores (Sebastião Faria Barbosa, Klinger Agostinho Vitório e Fernando Carneiro).

Argumentação desqualificada pela sentença como “simplista”. Quem será que montou está linha de argumentação? Era melhor ter consultado um advogado, não?

Feita a leitura da sentença que condenava à legitimidade da chapa dos vereadores Sebastião Faria Barbosa, Klinger Agostinho Vitório e Fernando Carneiro é eleita a chapa dos Vereadores Daniel Bananinha, Roberto Macedo e Ronaldo Fonseca.

Dá para perceber o que rolou?

- Tentativa de Golpe no século XXI.

Onde? No Feudo, lógico.

Você sabia disso?

Se não, veja os vídeos e forme a sua opinião. Duro é fingir que estas coisas não acontecem por aqui. E ignora-las possibilita que político com praticas escusa participem da política local mandato após mandato.

Participe da vida política da sua cidade e ajude a expurgá-los.

Seqüência de vídeos sugerida:

38º sessão -ordinária partes 1 e 2; (2010)

7º sessão - extraordinária; (2010)

1º sessão - ordinária partes 1,2 e 3; (2011)

e para colocar a cereja em cima do bolo:

18º sessão ordinaria (2011).

A 38º sessão e 18 sessão são fundamentais para a compreensão dos mecanismos políticos.

Acesse o site por aqui.

- Salutar prática da cidadania!

... acabei por lembrar de um livro que li há alguns anos atrás. E que tem um trecho que resume todas estás fitas ai para cima.

Trecho extraído do livro “Revolução dos Bichos” de George Orwell.

“As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco.”

a George Orwell.

Um pouco de história: Feudalismo. Compare e veja se não é igual.