Nosso carnaval hoje segue um “padrão sem lógica”. Qual é o padrão? Tenta-se agradar a todos. E a falta de lógica? É a falta de um formato, uma proposta. Hoje é tudo junto e misturado, daí não há espaço para que surja uma identidade. Isso tudo partindo do princípio turismológico de que nossas identidades são nossos potenciais turísticos! Ex: Pamonhada, Piabóia; são identidades por isso tem potencial turístico explorável.
São Luis do Paraitinga tem um giro monetário no período da maior festa popular do mundo; de 15 milhões de reais. Que hoje representa 40% da sua arrecadação. Isso quer dizer que devemos seguir o modelo luisense? Não. Não somos SLP, somos Paraibuna. Nossos “sabores e temperos” são outros e é isso que caracteriza uma comunidade: suas peculiaridades que enfim formam sua cultura. E cultura é produto. -Oh! Não sabia? Pois é! E atrai turista com dinheiro no bolso, sacô?
Para isso, temos que irverter a lógica da noite pro dia. O que é isso? Hoje nosso Carnaval da avenida (de baixo, rs) custa muito mais caro do que todo o Carnaval de rua (de cima,rs) e duvido que o carnaval da avenida renda pra cidade dividendos reais... os prejuizos são reais! Exemplo: três carros com vidro estourado na Rua do meio mais uma cabeça, tudo isso no pé de cabra! Liguei para a polícia (190): Não atendeu! Liguei pro bombeiro (193): Nada! E finalmente liguei pra Santa Casa (222); Atendeu rápido, ufa! Que bom! Pena que a orientação foi: que “pra ser mais rápido” EU, deveria ir procurar a ambulância. -VTC! Amadorismo total! (Obs: a atendente que me passou esta orientação não deve ter culpa alguma. Inclusive a presteza do atendimento está na própria orientação: “pra ser mais rápido”, é que o sistema é falho mesmo. (Será que tem mais amador do que imaginava nesta administração?). Quis ser prática e verdadeira. Pena que a verdade dói e neste caso poderia ter “matado”; Dê novo! (Lembra da Piaboia?). Me dirigi a polícia, que estava a uns duzentos metros do local onde os carros haviam sido estourados. A orientação. “Não podemos sair daqui!”. Pelo menos o policial prontamente disse que passaria o chamado para a ambulância.(...,...,...). Voltei peguei o carro, o ensanguentado e fui pra Santa Casa... Ah! Perdi o Corujão, a coruginha, e a ambulância e polícia ainda não passaram lá!
A festa lá em baixo deve ser pensada com carinho... o que rola hoje não vale a pena do ponto de vista do lazer menos ainda sob a pespectiva de potencial turístico. Mas, sobre o carnaval de baixo ... não gastarei energia!
Carnaval de Rua, este interessa a todos!
O excesso da cachaça, o excesso dos tabacos, o excesso da farinha, o crack e o sexo; rolam na noite! A festa de dia é limpa!
O carnaval de rua deve ser estimulado. Como? Primeiramente há que se reconhecer que nosso maior problema é gerir turismo em cima de tão parca infraestrutura-turística. Pode-se por, “o cara”, mais inteligente do mundo pra tentar planejar e organizar o trânsito da festa... se não tiver vaga... não dá; simplesmente! Não temos área de estacionamentos e banheiros públicos. Ou seja, não podemos ter eventos turísticos!
Motivo pelo qual a Pamonhada vem minguando a cada ano.... não pode anunciar porque não temos infra-estrutura para receber turista... optamos por não aproveitar o potencial turistico da Pamonhada e nem do Carnaval de Rua. É mole? Quem é o secretário dessa Porra? “Engenheiro de tráfego” não é Turismólogo!
Daí me vem uma coisa na cabeça...poucos dias atrás, um jovem pretendente a cargo no legislativo me disse: “Acho que o pessoal não quer que cresça mesmo. Não quê gente de fora!”...isso reflete um pensamento conformista. Não pode um homem público ser contra o crecimento sustentável. O problema é crescimento desenfreado por falta de planejamento. Exemplo: Piabóia!
Crescimento turístico nobres, é inclusive, condição sine qua non para que tenhamos outra fonte de renda que não somente obras públicas que passem por nosso município. Precisaremos para sustentar os problemas de infra-estrutura da cidade no futuro (educação, água, esgoto, esporte, lazer, cultura, Lar vicentino, Santa Casa...).Para tudo isso ser bom e funcionar é preciso que tenhamos fontes de recursos e o carnaval é mais um evento pouco explorado sob a ótica do turismo.
Aliás, falando em turismo! Vivemos uma dicotomia nesta “frente” na cidade. De um lado vasto recurso para proporcionar o carnaval do Lazer; já do outro o orçamento do carnaval da Cultura: minguado! Dê um lado o responsável pelo Lazer miope que só! E com recurso gigante para abanar com suas vastas mãos.Do outro lado o trabalho maravilhoso e profissional do Instituto IHH & Fauser. ( nota: as vezes me bate curiosidade de saber o nome das pessoas que trabalham lá). Trabalham na formação de jovens que atuaram na apresentação de nosso Patrimônio Material e Imaterial a munícipes e cidadãos. Quem foi, saiu impressinado; no mínimo! Lindo trabalho apoiado pela Fundação Cultural, afim de proporcionar ao turista e aos nossos cidadãos o contato com nossa históriografia e verdadeira identidade. Pena é não perceber o interesse da classe média dominante... talvez porque seus valores sejam outros mesmo!
Paraibuna não pode optar por ser pequena em “tudo”. Já não é mais! Dá pra reverter. Tem é que Formatar, Planejar, Desenvolver e Controlar. Isso significa presença do Estado a partir de políticas públicas estruturantes.
Carnaval de Rua de Dia
Agora fortalecer o carnaval de rua não quer dizer que vale tudo. Alguém põe pagode no Rock in Rio?, Funk na Igreja?, Musica clássica no Carnaval da avenida? Não né! Então, Forró universitário no Carnaval de rua; não tem nada a ver! (sem discutir a questão técnica: mal cantado e mal tocado). Absolutamente nada contra as pessoas que gostam... mas não orna! Como diz minha Avó.: “Carnaval é carnaval, samba e seus elementos!”. Temos que tomar cuidado com essa onda de que tudo que passa ná TV; pega e é bom! Pode ser bom, mas tem que ter contexto (no mínimo), senão é papelão!
Em SLP hoje, paga-se 70 reais para entrar de carro na cidade. Pasmém! Aqui vem de busão e tráz a sacolinha!
Precisão decidir o que vocês querem? Por que fingir-se fadado a ser pequeno é coisa de gestor público mediocre.
Mas falta de identidade não é problema em uma cidade que parece “planejar” viver eternamente de arrecadação financeiras de grandes obras públicas feitas no município... inclusive, imagino o grande tempo perdido por seus “mentores” em formular mega-projetos de “capitação de obras” que queiram passar pelo município de Paraibuna. Desculpa... eu apelo as vezes!
Temos vocação para sermos pequenos ou é “só” falta de direção?
Deixando a ironia de lado... Iai Blogão bundão... Não achou nada?
“Pápápá Paraibuna, não, não para não!
Seu carnaval é nossa manifest-Ação!!!!” ((( Phill Zr.)))